domingo, 7 de março de 2010

Ele Há coisas...

Hoje, se fosse vivo, o meu avô faria 100 anos.
Hoje senti, um pouco mais na pele, o que é ter de recuar, reconsiderar e retomar o lugar que a mim própria reservei no comboio da vida (que, afinal, se queria alada).
Hoje redescobri uma capacidade de renovação, de renúncia e de retoma de um percurso que me propus.
Hoje sinto-me acrobata sem rede, resoluta e digna na defesa do meu vôo.
Hoje foi um dia especial, e tão especial foi que até descobri que Luis Fernando Veríssimo. filho do Grande escritor brasileiro Erico Veríssimo, tem um lugar cibernético onde podemos ler algumas das suas "pérolas" de humor literário do melhor, ainda por cima, de sua escolha.
E o meu avô também tinha um sentido de humor impagável, ainda para mais, existencial, como, por exemplo, daquela vez que, já viúvo de minha queridíssima avó, lhe foram bater à porta duas testemunhas de Jv... e ele lhes diz «uma pode entrar, mas a outra não, que eu não preciso de testemunhas».

2 comentários:

ze mirotes disse...

E tu lembraste-te e eu não...mas ainda bem que me o lembraste - falo do aniversário claro - para ainda ir a tempo de brindar ao n/ avô que foi uma pessoa de excepção, muito à frente do seu tempo e do espaço que nele ocupou! Sempre tive a noção de que, quando o perdesse ía sentir muito a sua falta, só nunca pensei que tanto! À sua , avô! - e à tua mana, pela lembrança e não só.

Bem-me-quer disse...

Obrigada pelas tuas palavras, mana.