quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Charles Darwin nasceu há 200 anos. Ai sim? E...

...E há 150 anos publicou um livro A origem das espécies por selecção natural , uma teoria da origem das espécies segundo a qual "todos os seres orgânicos que viveram sobre a Terra descendem de uma forma primordial", todos descendem de um mesmo organismo que foi evoluindo, modificando-se, adaptando-se, por selecção natural. Segundo a sua teoria, só os indivíduos mais bem adaptados de cada população sobrevivem para deixar descendência. Em 1871, publica A Descendência do Homem , onde acrescenta que a evolução das faculdades humanas como a inteligência e a moral se deu a partir dos antepassados símios, através da selecção natural. Em 1953, Francis Crick e James Watson confirmaram a teoria de Darwin, ao descobrirem que cada organismo transporta um código químico da sua própria criação no interior das suas células, um texto escrito numa linguagem comum a toda a vida: o simples código de quatro letras do DNA, o chamado Código Genético. Em 2003, ao concluir-se a sequenciação genoma humano, verifica-se a sua semelhança com o dos chimpanzés, revelando-se a descendência de um antepassado comum. E assim se confirma, polémicas religiosas à parte, que Darwin estava certo. E tão certo estava, que mais razões dá à espécie humana para ter respeito pela natureza em todas as suas formas. A tão badalada frase: "Respeitar o meio ambiente" faz ainda mais sentido numa perspectiva Darwinista. E, para terminar este apontamento, duas curiosidades: Há quem se tenha aproveitado politicamente das teorias de Darwin e seus continuadores para utilizações pérfidas, como, por exemplo, o nazismo; E parece que também da dita teoria se retira que, na sua evolução, o Homem tenha perdido a sua cauda, ficando apenas um orgão vestigial chamado cóccix, assim como há quem interprete no cordão umbilical, vestígios da nossa remota ascendência arborícola. Como já toda a gente sabe, inaugura hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, uma importante e imperdível exposição sobre Darwin. Estou muito curiosa.
Para este apontamento baseei-me na revista National Geographic Portugal, edição de Fevereiro, nº. 95 e num artigo publicado na revista Actual do Jornal Expresso de 07 deste mês. Foto in images.google.pt

2 comentários:

Paulo disse...

E como dói esse vestígio quando caímos.
Apesar dos erros de Darwin, muito lhe deve o conhecimento científico actual.

Bem-me-quer disse...

É verdade. Eu que o diga. Mas a sua teoria é apaixonante. Só tenho pena que, segundo consta, Darwin tenha perdido o gosto pela música e Arte em geral, tão concentrado esteve na sua pesquisa.